Escola Adventor Divino de Almeida

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Gatiinhas :*

quinta-feira, 28 de abril de 2011

ARCADISMO

ORIGEM
Das correntes artísticas do século XVIII, a que se difundiu com mais vigor no Brasil foi o Arcadismo. A palavra ?Arcadismo? deriva da Arcádia, na Grécia antiga. Originalmente uma região onde se praticavam atividades pastoris, a Arcádia passou a ser cantada na poesia como um lugar idílico, um espaço privilegiado em que pastores-poetas dedicavam-se à criação de seus rebanhos e também às artes da palavra: andariam pelos campos tocando sua lira ou flauta, cantando em versos seus amores e saudades.

O ARCADISMO NO BRASIL

CONTEXTO HISTÓRICO
O eixo do Brasil-colônia se deslocara do nordeste para a região centro-sul ? Rio de Janeiro e, especialmente, Vila Rica, atual cidade mineira de Ouro Preto. Esse deslocamento deu-se com o declínio da produção açucareira no Nordeste e ao desenvolvimento do ouro e do diamante em Minas Gerais. Essa intensa atividade econômica deu ensejo ao aparecimento
da vida urbana. Os poetas árcades brasileiros estudaram em Portugal e de lá trouxeram ideais libertários que fervilhavam pela Europa inteira. Alguns desses poetas viriam a participar da Inconfidência Mineira.

CARACTERÍSTICAS GERAIS DO ARCADISMO BRASILEIRO

O Arcadismo foi um movimento de insubordinação ao Barroco decadente.
O restabelecimento da simplicidade e do equilíbrio da poesia clássica. Por isso o arcadismo também é chamado de neoclassicismo.
Pastoralismo é a doutrina que defende que o homem é puro e feliz quando integrado na natureza.
Bucolismo é o gosto pela vida dos pastores, campos e atividades pastoris, é reviver a Arcádia. A poesia só é verdadeira se referenciada à natureza. Por isso, é que esta aparece com frequência idealizada e deslocada.
Nativismo é a exploração de paisagens e atividades brasileiras. Notadamente em Gonzaga, Basílio e Durão.
Subjetividade é a expressão de sentimentos íntimos e estados de espírito melancólicos e mórbidos, aflorando a sentimentalidade e os dramas individuais.
Exploração satírica da realidade burguesa, incorporando elementos do cotidiano mais imediato.

POETAS DO ARCADISMO BRASILEIRO

TOMÁS ANTONIO GONZAGA (DIRCEU)
Nasceu no Porto, em 1744.Exerceu cargo de jurisdição em Vila Rica (atual Ouro Preto), capital da capitania de Minas Gerais.Aí começou sua amizade com Cláudio Manuel da Costa e sue romance com Maria Joaquina Dorotéia de Seixas, que passaria a ser identificada com A Marília de seus poemas. Foi denunciado como conspirador na Inconfidência Mineira: preso, foi degredado para Moçambique, onde morreu.
Escreveu As Liras de Marília de Dirceu, poemas centrados no tema de amor do pastor Dirceu pela jovem Marília.
A Marília de Dirceu apresenta basicamente duas partes: a primeira pode ser identificada com o período de conquista amorosa e namoro; a segunda pertence à fase da prisão do poeta.
Escreveu também Cartas Chilenas, um longo poema satírico que faz uma crítica ao então gove5rnador da capitania, Luis da Cunha Meneses.

CLÁUDIO MAUEL DA COSTA (Glauceste Satúrnio)
Nasceu em Mariana, MG, estudou no Rio de Janeiro e em Coimbra. Em 1768, publicou Obras, livro de poemas considerado o marco inicial do Arcadismo brasileiro. Envolveu-se com a Inconfidência Mineira, submetido a interrogatório, fez declarações que comprometiam seus amigos, entre eles Tomás Antônio Gonzaga. Preso e deprimido, suicidou-se na prisão.
A poesia lírica é a parte mais representativa de sua obra, principalmente os sonetos.
Produziu o poema épico, Vila Rica, publicado somente em 1839.

JOSÉ BASÍLIO DA GAMA (Termindo Sipílio)
Mineiro, nascido em Tiradentes, o ponto mais alto de sua obra foi o poema épico O Uraguai que celebrava a vitória militar de Gomes Freire de Andrade, comissário real, contra os índios da Colônia dos Sete Povos das Missões do Uruguai> Localizadas a leste do Uruguai, em região hoje pertencente ao estado do Rio Grande do Sul.

FREI JOSÉ DE SANTA RITA DURÃO
Mineiro de Mariana, Minas Gerais.
Sua obra consiste basicamente no Caramuru, poemaépico do descobrimento da Bahia, que narra as aventuras de Diogo Álvares Correia, náufrago português que, salvo da antropofagia graças a um disparo de sua arma, passou a viver entre os índios e exerceu importante papel na colonização das terras baianas.

Questões

1. Sobre a concepção no decorrer da história da humanidade, fale sobre as formas de divisão social do trabalho nas diversas organizações sociais existentes na história da humanidade.

A divisão social do trabalho é o modo como se distribui o trabalho nas diferentes sociedades ou estruturas sócio-econômicas e que surge quando grupos de produtores realizam atividades específicas em consequência do avanço de certo grau de desenvolvimento das forças produtivas e de organização interna das comunidades. Com a determinação de funções para as formas variadas e múltiplas do trabalho constituem-se grupos sociais que se diferenciam de acordo com a sua implantação no processo de produção. Tais grupos correspondem ao estatuto que adquirem dentro da sociedade e ao trabalho que executam. Numa fase inicial, a divisão do trabalho limitava-se a uma distribuição de tarefas entre homens e mulheres ou entre adultos, anciãos ou crianças, em virtude da força física, das necessidades ou do acaso, sem que tal conduzisse ao aparecimento de grupos especializados de pessoas com os seus próprios interesses ou características, não originando portanto diferenças de natureza social.

2. Considerando o fato do Dia 08 de Março, fale sobre a questão da "Divisão Sexual do Trabalho" na sociedade.

Quando a espécie humana se dispersava da África para as outras partes do mundo, o centro dos grupos era a dupla mãe e criança e, apesar de existir a divisão sexual do trabalho, não existiam relações autoritárias nem escravizadoras entre homens e mulheres.

Com o surgimento da agricultura, do excedente e da apropriação desse excedente (propriedade) o homem passa a querer controlar não apenas a natureza mas também as relações produtivas e sociais e busca submeter a mulher à condição de mera auxiliar para a realização de suas metas.

As mulheres não assistem a todos estes acontecimentos pacificamente. Enfrentam a Inquisição na Idade Média. Promovem revoltas e questionamentos, durante a Revolução Francesa, contra a miséria a que estavam submetidas e muitas são decapitadas ou queimadas por isso. No ano em que o Manifesto Comunista é escrito as lutadoras feministas realizam seu primeiro encontro em que reivindicavam o fim da sociedade de dominação patriarcal.

Tempos depois, em 8 de março de 1857, quando protestavam contra as péssimas condições de trabalho, os salários de miséria e a redução da jornada de trabalho nas indústrias têxteis de Nova York, 129 operárias, reunidas dentro de uma fábrica, são queimadas por ordem dos patrões.

Durante o século XX a luta não é menos árdua. A necessidade dos capitalistas (entenda-se empresários) de manter suas taxas de lucro juntamente com as guerras pela hegemonia do mercado mundial piora as condições de vida dos trabalhadores. As mulheres são obrigadas, disputando com os homens, a ocupar vários postos de trabalho para derrubar a média salarial de nossa classe.

Diante da capacidade de desenvolvermos nossas potencialidades entramos, cada vez mais, num mercado de trabalho altamente competitivo, machista e injusto além de carregarmos o fardo do trabalho doméstico.
A dupla jornada de trabalho, que nasceu com a sociedade patriarcal, passa a ser explorada ao extremo e se quiséssemos nos organizar teríamos que partir para a tripla jornada.E assim é feito...

3. Destaque situações importantes relatadas e faça uma reflexão sobre a situação atual do que foi lido, comparando a realidade local do Brasil.

As dificuldades foram e ainda são muitas não só para as mulheres, mas toda a sociedade. Mas muito já se foi conquistado.

A conquista de alguns direitos na Constituição Federal – igualdade de direitos trabalhistas, previdenciários e sociais, o fim da proibição da maternidade e o direito a terra – se deu através de muita luta de trabalhadoras em sua tripla jornada e que, a partir dos sindicatos, se juntaram aos demais trabalhadores.

E a luta continua companheira!!!!

Continuar a luta iniciada por nossas ancestrais não é fácil. A luta, como mulher trabalhadora, pela sobrevivência, independência intelectual e financeira, melhores condições de trabalho e respeito aos nossos valores é cada vez mais necessária. Precisamos transformar o 08 de Março – Dia Internacional de Luta da Mulher em mais um dia de luta de todos os oprimidos, contra todas as formas de exploração capitalista e por uma sociedade justa.

4. Reflita e compare a situação de trabalho escravo entre a população brasileira, principalmente as negras e indígenas, desde o Brasil colonial até os dias atuais.

Na fase inicial da lavoura canavieira ainda predominava o trabalho escravo indígena. Parece-nos então que argumentos tão amplamente utilizados, como inaptidão do índio brasileiro ao trabalho agrícola e sua indolência caem por terra.

A História verdadeira mostra que a reação do nativo foi tão marcante, que tornou-se uma ameaça perigosa para certas capitanias como Espírito Santo e Maranhão. Além da luta armada, os indígenas reagiram de outras maneiras, ocorrendo fugas, alcoolismo e homicídios como forma de reação à violência estabelecida pelo escravismo colonial. Todas essas formas de reação dificultavam a organização da economia colonial, podendo assim, comprometer os interesses mercantilistas da metrópole, voltados para acumulação de capital. Destaca-se também, a posição dos jesuítas, que voltados para catequese do índio, opunham-se à sua escravidão.

Apesar de todos esses obstáculos, o indígena é amplamente escravizado, permanecendo como mão-de-obra básica na economia extrativista do Norte do Brasil, mesmo após o término do período colonial.
Embora o índio tenha sido um elemento importante para formação da colônia, o negro logo o suplantou, sendo sua mão-de-obra considerada a principal base, sobre a qual se desenvolveu a sociedade colonial brasileira.
A maior utilização do negro como mão-de-obra escrava básica na economia colonial, deve-se principalmente ao tráfico negreiro, atividade altamente rentável, tornando-se uma das principais fontes de acumulação de capitais para metrópole.
Exatamente o contrário ocorria com a escravidão indígena, já que os lucros com o comércio dos nativos não chegava até a metrópole.
Até os dias de hoje ainda encontramos trabalho escravo, homens, mulheres e crianças,
de diferentes raças. Apesar de a escravidão ter sido abolida.

Estética!
















sexta-feira, 8 de abril de 2011